domingo, 26 de dezembro de 2010

Perdido

Bebia a água salgada com a sanidade cutucando aos poucos os sentidos que ainda lhe restavam. Estava a beira de um colapso nervoso. Ainda assim, entrava pelos seus ouvidos os sons suaves das águas ricocheteando as pedras pontudas que lhe faziam companhia. Sentiu-se só. Ora, ao menos sentiu algo, não? Os últimos cinco dias de sua vida nem existiam para ele mesmo. Onde esteve nos últimos cinco dias? Preso aqui? Nem soube enganar a si mesmo quando perguntava-se como foi que chegou aquele lugar. "De barco, tolos!" 

Mas que barco? E que tolo?...

Nenhum comentário:

Postar um comentário