domingo, 7 de novembro de 2010

Ao sair no meio da rua sem destino algum, acabamos nos tornando parte das estradas sem fim e das ruelas em silêncio por onde ousei pôr o meu cheiro. Onde os olhos famintos avistam-me de longe e fecham suas janelas quando o medo toma conta de seus ares. Pois bem. Será mesmo que eu transmito esse medo viciante que pareço passar?... Ora, sou apenas mais um no mundo...
É aí que eu paro e deito-me do chão frio de cimento... Onde este, continua arranhando aos poucos a pele engelhada dos meus dedos descobertos naquele frio estonteante.
E continuo ali deitado... Na esperança de que algo de alma pura venha salvar-me deste lugar estranho de onde me encontro. Aliás, não, não estou aqui. Meu mundo não é este...
Meu corpo flutua como penas sobre ventanias fortes em mares revoltos... Minha mente não se encontra jogada neste chão frio e sujo. Ó não...
Estou muito além daqui. Onde meus braços tomam formas estranhas por fora de mim. Não me controlo. Meu corpo voa ao encontro da brisa gostosa que de repente, toma a forma de lindas rosas esquecidas dentro de gavetas marrons.
E dentro de cada rosa, encontro meus sonhos... Por parte já sem cor... Onde espinhos finos e pontudos tornam a arranhar meu rosto. É insuportável.
Abro meus olhos doloridos e me vejo parado, no chão frio... Mais uma rosa fora levada... Mais um arranhão fora feito... E mais um sonho chegara ao fim.

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